Transparência nas transações: veja o que ocorre por trás da venda!

30 dezembro 2018

A cada operação de venda, uma extensa rede de serviços e intermediários é mobilizada para processar as informações. Essas etapas estão por trás da venda e podem retardar a finalização da compra no e-commerce. Mas não precisa ser assim. Com a transparência nas transações, é possível simplificar e agilizar o pagamento online.

Ao adotar o sistema de checkout transparente, empreendedores reduzem passos necessários para a concretização das vendas nas lojas virtuais. Isso é excelente para o e-commerce, pois aumenta a taxa de conversão de visitantes em compradores. Para os consumidores, a jornada de compras se torna mais agradável.

Neste artigo, vamos detalhar quais são os serviços e os intermediários que viabilizam o processo de compra e venda. Saiba, também, o que é o checkout transparente, seu funcionamento e suas vantagens. Boa leitura!

Quais serviços são utilizados durante o processo de compra e venda?

As transações feitas com uso de cartões dependem da articulação de diferentes envolvidos em etapas muito específicas, como autorização da venda, processamento das informações e repasse dos valores pagos, entre outros procedimentos. Conheça os principais serviços relacionados ao processo de compra e venda.

Adquirente

As adquirentes são as empresas operadoras de cartão. Elas são fundamentais nos processos de compra e venda, pois são responsáveis por liquidar as transações em cartões de débito ou crédito. Isto é, são elas que creditam os valores nas contas-correntes das empresas.

O papel das adquirentes é intermediar a comunicação entre empresas (com ponto de venda físico ou e-commerce) e as bandeiras de cartões (como Visa, Master, entre outras) e bancos. Você certamente conhece pelo menos uma adquirente. As principais são Cielo, Rede, Getnet, Stone e PagSeguro (que criou a Moderninha).

Todas têm maquininhas próprias para efetuar as compras com cartões. Na sequência, as adquirentes fazem o processamento das transações, repassando os dados para os bancos emissores. Só então o crédito é programado e geralmente é realizado em 30 dias contados a partir da venda.

Quando o cliente faz o pagamento parcelado, a adquirente pode efetivar o crédito para a empresa de acordo com o vencimento das parcelas ou repassando todo o valor à vista. O formato depende do contrato feito entre as partes.

Todo esse serviço tem um custo. As empresas adquirentes cobram uma taxa aplicada a cada transação realizada. O percentual fica entre 3% e 6%, dependendo do tipo de pagamento escolhido. Geralmente, a taxação é maior nas vendas parceladas.

Além disso, as adquirentes podem cobrar um valor mensal pelo aluguel das maquininhas. Isso depende do contrato e do tipo de máquina utilizada (POS ou TEF). Geralmente, a mensalidade é cobrada no caso do modelo POS, que tem como principal característica a mobilidade, já que ela é portátil, podendo ser levada ao cliente.

No modelo TEF, a maquininha fica conectada a um computador, no caixa da empresa. Normalmente, as adquirentes não cobram mensalidade sobre o uso das máquinas do tipo TEF. Uma novidade recente nessa área é a opção de comprar o equipamento.

Na hora de firmar contrato com as adquirentes, avalie os seguintes pontos:

Não deixe de considerar, ainda, a importância de uma adquirente independente dos bancos. Ou seja, que mantenha seus recebíveis desvinculados das grandes empresas do sistema bancário. Essa é uma opção estratégica para melhorar a sua capacidade de negociação de taxas.

Subadquirente

As subadquirentes são facilitadoras da relação entre adquirentes e lojistas de e-commerce. Elas atuam, geralmente, com empresas de menor porte. São uma opção vantajosa para esses empreendimentos, já que as subadquirentes não cobram mensalidades e nem fazem exigências sobre a instalação dos equipamentos.

Na hora de optar entre adquirentes ou subadquirentes, é importante considerar o impacto das taxas. Nas subadquirentes, a única taxa cobrada das empresas é sobre as vendas, cujos percentuais variam entre 5% e 7% (nas parceladas, a taxa varia entre 2% e 3% por parcela).

É uma quantia um pouco superior à cobrada pelas adquirentes, mas, ainda assim, o serviço pode ser vantajoso para os empresários que não querem arcar com os custos das mensalidades.

Outra vantagem, além do baixo custo de implementação e integração, é que as subadquirentes estabelecem parcerias com as maiores adquirentes, facilitando a quantidade de bandeiras aceitas. Ou seja, com apenas um contrato firmado com a subadquirente, é possível abranger a maior parte das marcas usadas pelos consumidores.

Vale destacar que as subadquirentes têm sistemas próprios de antifraude, o que favorece ainda mais pequenos empreendimentos. Vamos explicar melhor o sistema antifraude ao longo do texto. No momento, é importante entender como funciona essa intermediação.

A subadquirente faz a comunicação entre o e-commerce e as adquirentes. Nesse sistema, ela processa e encaminha os dados relativos às transações e, depois, recebe e repassa os valores devidos às empresas. Isso quer dizer que é a subadquirente que assume a responsabilidade por fazer o pagamento dos créditos pelas vendas.

Apesar dos benefícios, há pontos negativos a se considerar. O primeiro deles, como citamos, é a taxa que incide sobre as transações e compromete o retorno financeiro das vendas. Outra desvantagem é que, no processo de checkout, o consumidor é redirecionado para a página da subadquirente para finalizar a compra, aumentando as chances de desistências.

Gateway

Assim como as subadquirentes, os gateways de pagamento são intermediadores das transações feitas pelo comércio eletrônico. Basicamente, cumprem a mesma função: realizam a transmissão de dados das empresas para as adquirentes.

Entretanto, existem diferenças consideráveis na forma como esse serviço é prestado. A implementação e a integração são mais complexas se comparadas com as subadquirentes. Além disso, cabe à empresa contratante adquirir e instalar os sistemas de antifraude e conciliação de cartões. Tudo isso eleva o custo de adesão.

Outro detalhe importante é que, no caso do gateway, o fluxo de dinheiro é de responsabilidade das adquirentes. Quanto aos custos, há cobrança de mensalidade, feita de acordo com o volume médio de transações. Dependendo do contrato, o e-commerce pode ter que arcar, ainda, com o pagamento de taxas por transação para as adquirentes.

Apesar de todos esses aspectos que podem parecer negativos à primeira vista, há vantagens na adesão aos gateways. O benefício principal está no fato de que eles permitem que a finalização das vendas seja feita na mesma página do e-commerce, elevando, assim, a conversão.

Os gateways também conseguem oferecer formatos diferenciados de pagamentos para o e-commerce, como o de cobrança para vendas recorrentes. Isso é fundamental para empresas que comercializam planos de assinaturas.

Banco emissor

Os bancos emissores desempenham funções financeiras tanto no comércio físico como no eletrônico. O papel deles é administrar os valores relativos às transações, atuando diretamente com os compradores.

Para isso, fazem a análise de crédito dos clientes, aprovam a compra, realizam a cobrança dos pagamentos, processam o recebimento das quantias pagas e repassam os créditos para as adquirentes. Estas, por sua vez, ficam responsáveis pelo repasse dos valores para as lojas.

Quando falamos em bancos emissores, estamos falando de instituições como Santander, Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e até mesmo fintechs como Nubank, Banco Original, entre outras.

Sistema de gestão

O sistema de gestão faz a integração entre software e hardware voltados para a realização das transações de venda, além de permitir a automatização de processos diários. O software executa atividades de controle (financeiro, estoque, notas fiscais, compras e fornecedores, entre outros), gera relatórios gerenciais com informações essenciais para a gestão do negócio e promove a maior segurança nas transações financeiras.

Existem outros recursos usados no sistema de gestão, entre eles, um conjunto extenso de hardwares, tendo como ferramentas indispensáveis ao processo de compra e venda os leitores de código de barras e de cartão de crédito, a impressora fiscal e até mesmo a gaveta de caixa.

Sistema de conciliação de cartão

Com a evolução dos meios de pagamento, uma das etapas cada vez mais necessárias à gestão das transações de compra e venda é a conciliação de cartão de crédito e débito. Esse procedimento consiste na conferência das operações realizadas com uso do cartão, com o objetivo principal de verificar se ela foi corretamente processada e paga.

O sistema de conciliação realiza esse procedimento de forma automatizada, fazendo o levantamento das informações e, depois, o cruzamento desses dados. Dessa forma, é possível monitorar em tempo real situações como cancelamentos e chargebacks, o que é fundamental para que a empresa consiga agir prontamente caso identifique alguma inconsistência.

Além disso, o sistema de conciliação é fundamental para manter o registro e acompanhamento de todas as transações, servindo como comprovante dos recebíveis. Outra vantagem é que o programa auxilia no controle do fluxo de caixa, na medida em que atualiza informações sobre entrada e saída de recursos. Todas essas funções acabam reduzindo os riscos de perdas financeiras para a empresa.

Banco exclusivo

O banco exclusivo é uma instituição financeira criada pela própria empresa varejista, com o objetivo de substituir bancos tradicionais na oferta de cartões de crédito. Você já deve ter visto esse formato em grandes redes do varejo.

O que elas fazem nada mais é do que captar e emprestar dinheiro cobrando juros nesse processo. Com isso, desenvolvem mais um mecanismo para obtenção de lucros e assumem o controle sobre a inadimplência de seus clientes.

Na prática, os bancos exclusivos existem para facilitar as operações de crédito dessas empresas, retirando desse processo a intermediação bancária tradicional.

Sistema antifraude

O sistema antifraude é usado pelo e-commerce com o objetivo de identificar transações fraudulentas. Esse controle é feito por meio de banco de dados, que reúne informações como endereços de IP, localização geográfica e outros dados do consumidor.

O banco de dados tem, ainda, informações sobre o cartão de crédito, itens adicionados ao carrinho de compras e dados sobre a loja eletrônica. É usado para analisar o risco de uma compra online.

Para reduzir o risco de fraudes de cartão de crédito, o sistema faz a verificação e o cruzamento dos dados. Isso permite identificar se o comprador é legítimo e garante a segurança e a autenticidade em todas as etapas do processo de compra e venda no e-commerce.

Qual a importância do checkout transparente?

Como explicamos, as transações no e-commerce podem ser facilitadas ou dificultadas de acordo com os procedimentos adotados. É o caso, por exemplo, da escolha entre subadquirente e gateway, que impacta diretamente na conversão de vendas.

Estamos falando do processo de checkout, que contempla todas as etapas necessárias para efetivar a compra no comércio eletrônico. Esse processo começa com a inclusão de produtos no carrinho e vai até a concretização da compra, momento em que é feito o pagamento.

Nos e-commerces que adotam o modelo de checkout transparente, a transação pode ser feita com menos processos e sem redirecionamento de páginas. Inclusive, é possível concluir a compra com apenas um clique. Essa opção é promovida por empresas que permitem aos clientes salvar dados para realização de compras futuras.

O checkout transparente é um mecanismo importante para agilizar o processo de compra e venda no e-commerce. Ao permitir que o cliente conclua a transação no mesmo site, sem precisar mudar de página, o checkout transparente reduz etapas, melhorando a experiência e compra do usuário e a taxa de conversão da empresa. Na sequência, vamos explicar melhor como esses benefícios podem ser alcançados.

Como funciona o checkout transparente?

O checkout transparente é viabilizado a partir da integração dos processos e sistemas. Isso quer dizer que todas as etapas são realizadas na mesma página. Entenda melhor a diferença entre o checkout padrão e o checkout transparente, conferindo o passo a passo básico adotado em cada um dos modelos.

Checkout padrão Checkout transparente
  1. preenchimento dos dados pessoais e de entrega na página do e-commerce;
  2. escolha da forma de envio;
  3. escolha da forma de pagamento;
  4. redirecionamento para a página do intermediador do pagamento;
  5. preenchimento dos dados de pagamento.
  1. preenchimento dos dados pessoais e de entrega na página do e-commerce;
  2. escolha da forma de envio;
  3. escolha da forma de pagamento;
  4. preenchimento dos dados de pagamento.

A diferença entre finalizar a compra na mesma página e ser redirecionado para concluir a transação em outra não é um mero detalhe. A transição de páginas torna o processo mais complexo e demorado, além de reduzir a sensação de segurança do comprador. Isso leva muitos consumidores a desistirem da compra.

Uma das análises mais completas sobre o assunto foi feito pela Baymard Institute. A pesquisa compilou dados de 40 estudos estatísticos sobre a taxa de abandono do carrinho de compras no e-commerce feitos entre 2006 e 2018. Esse levantamento concluiu que taxa média de abandono chega a quase 70%.

Existem diferentes razões que levam compradores a desistir das compras. Confira as 5 principais:

Fica fácil identificar que qualquer ação que dificulte a finalização da venda tem potencial para reduzir a taxa de conversão. Isso reforça a importância de reduzir processos por meio do checkout transparente. Esse estudo da Baymard Institute demonstra que a transparência nas transações, por si só, é capaz de reduzir o abandono de carrinhos em cerca de 30%.

Quais os seus benefícios?

A principal característica do checkout transparente é a finalização da compra em uma só etapa, sem que seja necessário sair da página para concluir o processo. Isso é o suficiente para gerar uma série de benefícios tanto para e-commerces quanto para os clientes. Listamos as principais vantagens abaixo. Confira!

Aumenta a sensação de segurança

Para o comprador do e-commerce, qualquer processo inesperado ou desconhecido gera insegurança. Quando não há transparência nas transações, o usuário é redirecionado para uma página diferente daquela em que confiou para realizar a compra.

Além disso, é orientado a fornecer dados pessoais e financeiros, sendo que, em alguns casos, ainda é exigido que crie uma conta específica para fazer esse procedimento. Essa etapa adicional é como uma barreira, pois leva muitos compradores a desistirem da compra.

Quando o sistema adotado é o do checkout transparente, o usuário tem uma maior sensação de segurança, pois realiza toda a jornada de compra, da escolha dos produtos à finalização, no mesmo ambiente, sem transições inesperadas que possam gerar dúvidas.

Elimina processos

Ao eliminar a etapa de redirecionamento do e-commerce para intermediários, reduz-se, também, a quantidade de processos realizados por trás das vendas. Observe que cada etapa exige a transmissão de dados.

Quando o cliente é levado a repassar as informações de pagamento na página de um intermediário, essas informações precisam ser processadas e transmitidas para os destinatários (adquirentes e lojistas).

No checkout transparente, os sistemas dos adquirentes e e-commerces são integrados. Por isso, é possível eliminar o processo de repasse das informações por meio de um intermediário.

Para o consumidor, a transação também fica mais simples. No redirecionamento para finalização da compra, é comum que ele tenha que fornecer dados que já haviam sido repassados, pois não existe o compartilhamento de informações em tempo real.

Reduz a taxa de abandono do carrinho

Como já abordamos, uma das principais razões que levam consumidores a abandonar o carrinho de compras no e-commerce é a complexidade do checkout. Para o consumidor, o processo torna-se longo e repetitivo.

Afinal de contas, a finalização da compra começa em uma página e termina em outra. Nessa transição, são requeridos os mesmos dados já informados anteriormente, prolongando etapas que parecem desnecessárias para quem está realizando a compra — além, claro, de causar a insegurança que já citamos em outro tópico. Não surpreende que, diante desse procedimento, clientes abandonem os carrinhos.

Por outro lado, no checkout transparente, é possível reduzir a quantidade de desistências. Ou seja, a taxa de conversão aumenta. Estima-se, em média, que a conversão possa ser ampliada entre 30% e 40% com a adoção da transparência nas transações.

Favorece a personalização do checkout

O estudo da Baymard Institute demonstra que a taxa de abandono do carrinho de compras no e-commerce gira em torno de 70%. As desistências decorrem de uma série de fatores, mas é interessante observar que boa parte deles está relacionada ao formato de finalização das compras.

Aspectos como agilidade na transação, clareza sobre custos extras e usabilidade interferem diretamente na conversão. Quanto mais intuitivo e ágil for o sistema de finalização da compra, melhor.

No checkout transparente, é possível otimizar o processo em duas frentes. A primeira é a redução de processos, com a realização de todas as etapas na mesma página; a segunda é a personalização do ambiente virtual.

Como a finalização da compra será feita no próprio site do e-commerce, é possível alterar o layout da página e o processo de preenchimento dos dados para que essa etapa seja realizada de forma mais prática.

Enfim, qualquer ação que esteja dificultando a finalização da compra pode ser revista a qualquer momento, o que já não ocorre quando o processo é feito por meio de um intermediário.

Otimiza os investimentos comerciais

Toda empresa investe na captação de clientes, aplicando recursos em planos de marketing, publicidade e pesquisa. E, claro, espera-se que esse investimento gere retorno.

O objetivo é atrair novos consumidores, certo? Mas e se eles chegarem ao seu e-commerce, dispostos a adquirir seus produtos, e no final desistirem da compra? Todo esforço e investimento são perdidos, nesse caso.

Por isso, os planos para captação de clientes devem levar em consideração a jornada de compras, que é o que vai contribuir para o retorno do investimento e a fidelização dos novos compradores.

Permite a realização de compras em um clique

Uma das possibilidades abertas pelo checkout transparente é a compra em um clique. Esse é um recurso cada vez mais disponibilizado pelos varejistas do comércio online, sobretudo as grandes redes.

A compra em um clique é viabilizada graças à capacidade de armazenamento seguro das informações clientes, como dados cadastrais, endereço de entrega e informações básicas dos cartões usados.

Dessa forma, o usuário, depois que realizar a primeira compra, pode optar pelo armazenamento dos dados para que, nas transações seguintes, possa concretizar o negócio de forma imediata.

Por fim, vale destacar que a transparência nas transações aumenta a credibilidade do e-commerce. Afinal de contas, a experiência de uma compra segura e ágil faz toda a diferença para o consumidor.

Se você quer saber como pode melhorar seus resultados adotando a transparência nas transações da sua empresa, entre em contato conosco!

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